Preso ao passado, mastigo o tempo.
O presente anda longe, além do oceano infinito.
Aranha, a solidão dos dias me envolve em suas teias.
Aos pedaços, me consome.
O corpo se desmancha.
Eterno inverno envolve a alma.
Preso ao casulo de gelo, respiro tédio.
Nunca mais o sol.
O balançar das ondas na branca areia.
O sorriso da amada.
Sou propriedade do passado.
O presente é névoa no fundo dos meus olhos.
O tempo é pedra, pedra cristalina.
Machuca ao ser engolido.
TõeRoberto