A loucura me sublima

30
Nov 09

Os dias passam rapidamente.
São como os passos do apaixonado que caminha para os braços da pessoa amada.
E eu não tenho pressa!
Não sei qual o motivo, mas não tenho pressa, nenhuma pressa!
Talvez porque eu esteja chegando à fronteira do meu tempo.
E depois dela sabe-se lá o que me espera.
A dor?
O nada?
O entendimento da vida?
Não sei, não me interessa!
Eu não tenho pressa, nenhuma pressa!
Os dias passam, a vida passa...
E eu só ando devagar, não tenho hora pra chegar.

Publicado por Antonio Medeiro às 09:22

27
Nov 09

Estou numa encruzilhada; não sei se vou ou se fico.
Se eu for, nunca saberei o que é ter ficado; se eu ficar, nunca saberei o que é ter ido.
Qualquer que seja a opção, perderei uma vida.
Então, está decidido: eu vou, mas fico.
Os poetas podem tudo, até viver 400 vidas.

Publicado por Antonio Medeiro às 08:18

24
Nov 09

Uma coisa é certa, não posso garantir o silêncio do meu coração desesperado.
Minhas ilusões desfilam nas avenidas das minhas cosmopolitas artérias.
Sou todo ritmo, um frenético folião na dança do meu coração amargurado.
Um coração que berra...
Pula...
Canta...
Ama...
Que no calor da noite às vezes sangra.
E se esparrama no leito da minh'alma como um rio em chamas.

Publicado por Antonio Medeiro às 08:42

21
Nov 09

A solidão da noite me acalenta, me envolve em seu braço materno e me aconchega no seu abraço.
Durmo o sono dos justos, e cavalgo nas asas serenas da madrugada.
Sonho com um rosto... na névoa.
Dou um sorriso...
Me encolho...
A solidão é minha alma gêmea.
Não a troco por nada.

Publicado por Antonio Medeiro às 08:51

18
Nov 09

Eu sempre espero o deslizar da tarde solitária.
Sou alucinado por arrebóis, eu os acompanho desde a infância.
É como uma doença, um vício... os meus suspiros e ais.
No auge da vermelhidão, meu coração se incendeia...
E o fogo da minha paixão soma-se ao grande incêndio da tarde.
E assim se fazem os grandes arrebóis, as grandes fogueiras dos horizontes...
Os espetáculos inquestionáveis...
O quedar-me pleno.

Publicado por Antonio Medeiro às 08:45
Música: Variada

15
Nov 09

Quero deixar bem claro:
Eu vou, mas volto!
Não importa o tamanho da viagem, não importa o motivo.
Essa noite eu parto.
Vou rumar para o norte, guiado pela luz das estrelas.
Não sei o que procuro, mas preciso encontrar.
Não sei se amor, paz, fortuna, felicidade... a dor.
Sei que alguma coisa me espera lá.
Não importa o que seja, lá chegando eu pego e volto para cá.
Alegre ou triste, não importa.
Eu só quero um motivo para continuar.

Publicado por Antonio Medeiro às 09:13
Música: Variada

12
Nov 09

Na rua dos desiludidos, procuro um amor.
Um amor qualquer!
Um desses que ande por aí sem rumo, desesperado.
Não precisa ser sublime nem ter afeto, só precisa ser um amor.
Um desses que se compra em qualquer esquina, que se troca por uma dose de vodka, um favor qualquer.
Um amor sem elos, sem pele, sem vísceras.
Um amor, apenas um pequeno amor desses de ocasião.
Desprovido de amanhãs, descartável como todo amor que se preze.
Um amor...
Desiludido, como qualquer amor.

Publicado por Antonio Medeiro às 08:35
Música: Variada

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