A loucura me sublima

29
Abr 10

O que fazer com a minha confusão existencial?
Uma parte de mim entende; a outra, não.
Ora Deus me acalenta em meus sonhos, ora me coloca nas chamas do inferno.
Ora meu amor me ama, ora me trata como o inimigo número 1.
Ora sou top de linha na empresa, ora estou na lista dos dispensáveis.
Ora todos me ouvem, ora me amordaçam.
Ora durmo, ora acordo.
Ora o mundo me estende o tapete, ora sou o capacho do mundo.
Ora sou eu, ora não sou ninguém.
Ora sou o rei, ora o súdito.
Ora uma parte de mim entende; a outra, não.
Ora...

Publicado por Antonio Medeiro às 10:28

22
Abr 10

Agora percebo, não há mais nada a fazer.
Toda a minha vida está ali jogada e esparramada pelo chão do desencanto.
Viagens, trabalho, amor, felicidade... anseios.
Tudo!
Só me resta varrer os cacos para debaixo do tapete do esquecimento.
Abrir mais uma cerveja, acender um cigarro...
E deixar "What a Wonderful World" invadir a minha alma feia.

Publicado por Antonio Medeiro às 10:11

15
Abr 10

Por onde andei não vi sinal de ânimo.
Apenas um desânimo generalizado circulava pelas ruas.
Pessoas cabisbaixas, apressadas...
Algumas escondendo a dor estampada no rosto com as mãos.
Outras se esquivando pelos becos.
Olhei para as ruas, as construções, as praças, o horizonte...
Havia algo na alma da cidade.
Uma enorme e vergonhosa mancha vermelha.
O som das sirenes recortava o ar.
Mais as pessoas se apressavam, escondiam o rosto, se enfurnavam nos edifícios.
A vida não está mais nas ruas.
Está encarcerada atrás das grades da cidade sitiada pelo medo.
O grande, onipotente e onipresente medo!

Publicado por Antonio Medeiro às 10:28

08
Abr 10

Nesse exato momento estou na fronteira entre a razão e a emoção.
Arrumo uma justificativa ou me mato?
Desculpo a minha companheira ou a enterro viva?
Escrevo um romance ou queimo todos os livros do mundo?
Te amo ou te odeio?
Represo as minhas emoções ou saio cheio de viadagem pelo mundo?
Te fodo ou me fodo?
Te ferro ou me ferro?
Cago ou saio andando?
Dou risada ou choro?
Tomo uma cerveja ou um Prosac?
Chamo a polícia ou o psiquiatra?
Dou mais um passo ou...

Publicado por Antonio Medeiro às 08:29

01
Abr 10

3 da manhã!
A cidade dorme.
Eu não durmo nunca!
Sou o guardião da noite.
Do alto da minha guarita eu vigio o sono dos justos... e dos injustos.
E quem me vigia?
Logo eu que não sou justo nem injusto.
Sou apenas uma pessoa comum.
Presa entre as paredes escuras da insônia.
Com meus neurônios em fogo.
Sofrendo!

Publicado por Antonio Medeiro às 10:03

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