A noite me aperta o pescoço.
A respiração é lenta... curta.
O morcego negro dos solitários voa às cegas pelo quarto.
A medonha noite pinta a parede branca com pinceladas de agonia.
Estou asfixiado.
Movimento os olhos, tento falar... gritar.
Nada!
Nem um grunhido!
Apenas a falta de ar, os pulmões queimando, a angústia...
E um desejo incontrolável de sair pela janela.
Do alto do 12º andar da minha gaiola de concreto.
No ponto mais remoto da cidade adormecida.