Apesar de estar com o saco cheio da vida, ainda continuo por aqui.
E componho na madrugada o hino do anjo caído.
À minha volta, o inferno está em festa.
O diabo, com o diabo no corpo, orquestra o rock anunciando o final dos tempos.
Querubins penetras esmagam furiosamente as cordas das suas harpas.
O rock infernal e o meu hino se misturam em perfeita harmonia pela cidade em chamas.
E estou em estado de graça:
Aberto como uma ferida.
Bêbado sem ter bebido.
Cheio sem ter comido.
Morto sem ter morrido.
Decaído.
E o diabo gosta... e se anima!
O solo da sua guitarra é agora o meu hino.
Está cumprida a minha sina.