Eu sempre me ponho no meu lugar.
Jamais atravesso a fronteira do que eu posso ser.
Aprendi nos mínimos detalhes o limite imposto às pessoas menores.
Os grandes homens atravessam pontes em ruínas cheios de pompas.
Eu mal atravesso uma ponte de puro concreto sem certo ar de preocupação.
Me ensinaram a ser pequeno.
A rastejar por entre as botas brilhantes dos que impõem a ordem do mundo.
Me teceram como um capacho.
E cumpro com exata perfeição a minha função no mundo: servir.
Com a boca fechada, os braços abertos...
Com um sorriso amarelo nos lábios...
E o rabo entre as pernas.