A loucura me sublima

24
Nov 11

Desde que nasci me obrigaram a amar alguma coisa:
Deus, mãe, pai, professor, os mais velhos.
Nunca me ensinaram a amar a mim mesmo.
Sempre estive em 2º plano na minha própria educação.
Hoje sofro de carências de mim mesmo.
Sofro em mim a falta do meu amor.
Minha alma é deserta de sentimentos.
Meu coração falha pelo meu amor ausente.
E o frio é o que eu tenho de melhor em mim.

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 16:56

17
Nov 11

Vou dizer o que eu fiz:
1º: Desenhei o cavalo azul com 4 asas na folha branca de papel trazida pelo vento da noite.
2º: Rabisquei a janela verde na parede de pedras negras do muro da minha prisão.
3º: Pintei o horizonte infinito cheio de infinitos horizontes diante da janela verde da parede de pedras negras do muro da minha prisão.
4º: Montei o cavalo azul de 4 asas e sai pela janela verde da parede de pedras negras do muro da minha prisão, e fui em busca do horizonte infinito cheio de infinitos horizontes.
5º: Voei pelo horizonte infinito cheio de infinitos horizontes e rabisquei palavras mágicas nas cores infinitas do infinito horizonte.
6º: Não deixei nem levei saudades da parede de pedras negras do muro da minha prisão.
7º: Voei pelo horizonte infinito dos infinitos horizontes no cavalo azul com 4 asas desenhado na folha branca de papel trazida pelo vento da noite.
A verdade:
Nunca estive neste mundo ou naquele; tudo não passou de humana ilusão.
Sou apenas a figura onisciente, onipresente e onipotente na página do livro da criança que voa nas asas da imaginação.

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 20:36

10
Nov 11

Coisas demais para pensar:
Nada, doença, amor, dívidas, angústias, ansiedades... pânico.
E anoto no meu caderno mental as minhas prioridades diárias.
Hoje é dia de pânico.
Devo passar a tarde com a impressão que algo de ruim vai acontecer.
Não comigo, mas algo ruim em si vai acontecer em algum lugar do mundo.
Em alguma cidadezinha, em alguma casa ou rua alguém vai pagar o preço do meu estado de pânico.
O peito se aperta, engulo seco, procuro uma bebida para apaziguar o monstro da culpa.
Mas não adianta.
O pânico, sobriamente, vai tomando minha cabeça sem sobriedade nenhuma... e gelo.
No 1/2 da tarde um homem em pânico sai de casa e caminha pela praia.
A impressão que o mar vai me carregar para o outro lado do horizonte é nítida e real.
A cabeça gira; sozinho e apavorado não sou páreo para a grandeza do mar.
Ele lambe minhas pernas e me sinto envolvido pelos seus braços molhados.
Uma sensação de grito e entranhamento.
Já não sou mais um homem, sou apenas um pânico que amanhã amanhecerá ansiedade...
Ou talvez angústia...
Ou nada.

 

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 19:32

03
Nov 11

Sempre fui um homem difícil.
Aprendo sempre na porrada, pelo lado mais difícil e negro da vida.
Caio aqui, levanto acolá e vou em frente tocando os meus dias aos trancos e barrancos.
Dou cabeçada em pedra, murro em ponta de faca e caminho sobre braseiros incandescentes, na expectativa de ficar vivo.
Nunca descanso, o meu sono é povoado por pesadelos de obstáculos sendo vencidos.
E amanheço sempre ferido, sem nenhum tipo de comiseração.
Agora, depois de anos, comecei a entender por que sou obrigado a fazer o que faço todos os dias para manter a chama acesa.
Estou aprendendo que na vida todos os dias são úteis; não existem feriados nem finais de semana na vida.
E eu não posso parar nunca:
Nem  de aprender, nem de sonhar...
Mesmo que os pesadelos sejam eternos...
E as feridas nunca cicatrizem.

Publicado por Antonio Medeiro às 18:04

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