Canto na noite o vazio dos sem coração.
Debruço-me sob a luz das estrelas, e as cordas do lamento entoam a canção dos que perderam a autoestima.
Agarro-me às notas da canção e saio à procura do meu coração ferido.
55 mágoas perfurantes o atravessaram lado a lado.
Informo-me com as damas da noite sobre o seu paradeiro.
Foi visto pela última vez caído na sarjeta dos desiludidos com uma garrafa de 51 nas veias.
Voo trôpego pelas ruas.
E ouço na noite as batidas insensatas do coração etílico.
Apresso-me...
A noite mastiga a dor dos que estão perdidos.
TõeRoberto