E hoje, no início dos tempos, esqueço os versos e os transformo em pedras.
E convivo com a dureza das palavras.
Ora me machucam no silêncio da noite.
Ora se tornam armas com as quais eu sangro as sutilezas da alma.
E as empunho com força.
E sangro e faço sangrar.
É a lei da pedra, nada posso fazer.
A não ser pisar nas pontas das suas cruas fronteiras.
E me autoflagelar nas asas da sua dureza
Do que é feito as humanas palavras.
Música: Variada