A loucura me sublima

29
Jul 10

A noite me aperta o pescoço.
A respiração é lenta... curta.
O morcego negro dos solitários voa às cegas pelo quarto.
A medonha noite pinta a parede branca com pinceladas de agonia.
Estou asfixiado.
Movimento os olhos, tento falar... gritar.
Nada!
Nem um grunhido!
Apenas a falta de ar, os pulmões queimando, a angústia...
E um desejo incontrolável de sair pela janela.
Do alto do 12º andar da minha gaiola de concreto.
No ponto mais remoto da cidade adormecida.

Publicado por Antonio Medeiro às 11:32

15
Abr 10

Por onde andei não vi sinal de ânimo.
Apenas um desânimo generalizado circulava pelas ruas.
Pessoas cabisbaixas, apressadas...
Algumas escondendo a dor estampada no rosto com as mãos.
Outras se esquivando pelos becos.
Olhei para as ruas, as construções, as praças, o horizonte...
Havia algo na alma da cidade.
Uma enorme e vergonhosa mancha vermelha.
O som das sirenes recortava o ar.
Mais as pessoas se apressavam, escondiam o rosto, se enfurnavam nos edifícios.
A vida não está mais nas ruas.
Está encarcerada atrás das grades da cidade sitiada pelo medo.
O grande, onipotente e onipresente medo!

Publicado por Antonio Medeiro às 10:28

01
Abr 10

3 da manhã!
A cidade dorme.
Eu não durmo nunca!
Sou o guardião da noite.
Do alto da minha guarita eu vigio o sono dos justos... e dos injustos.
E quem me vigia?
Logo eu que não sou justo nem injusto.
Sou apenas uma pessoa comum.
Presa entre as paredes escuras da insônia.
Com meus neurônios em fogo.
Sofrendo!

Publicado por Antonio Medeiro às 10:03

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