A loucura me sublima

05
Mar 14

Na quietude da tarde, sonho.
Calor.
Sol.
Arrepio.
Brisa.
O silêncio impassível.
O único sonho do momento é sonhar.
Não importa com o quê.
Na quietude da tarde, sonho.
Só sonho.
Vá Deus e eu sabermos o porquê.

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 13:02

02
Fev 12

Há pouco tempo eu era pessoa sem manchas.
Puro como o sol da manhã, puro como a lua que nasce.
E me orgulhava da minha pureza.
Andava pelas ruas exibindo minha pessoa sem manchas, minha pureza de caráter.
E todos ficavam admirados ao ver homem tão ilibado.
Até que naquela manhã manchei com a nódoa da omissão minha pureza sem manchas.
Diante de diversos cidadãos sujos e esfomeados deitados numa praça, pensei:
O que fazer?
A vida é assim mesmo, não posso fazer nada.
Virei as costas, saí com a alma leve destituída de nenhuma culpa.
À noite, dormindo o sono dos puros, ouvi a voz do fantasma da minha pureza perdida em olhos famintos:
Quando o homem começa a mentir para si mesmo é porque está em plena metamorfose.
Ou está adorando Deus ou o Diabo.
Ou mais provável: os dois juntos.
No sono, fechei os olhos; céu e inferno rodopiavam dentro da minha cabeça.
E eu me senti deploravelmente sujo.

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 18:13

24
Nov 11

Desde que nasci me obrigaram a amar alguma coisa:
Deus, mãe, pai, professor, os mais velhos.
Nunca me ensinaram a amar a mim mesmo.
Sempre estive em 2º plano na minha própria educação.
Hoje sofro de carências de mim mesmo.
Sofro em mim a falta do meu amor.
Minha alma é deserta de sentimentos.
Meu coração falha pelo meu amor ausente.
E o frio é o que eu tenho de melhor em mim.

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 16:56

20
Jan 11

Da janela do meu apartamento, olho o horizonte e aguardo.
Observo atentamente a minúscula linha que a minha vista alcança.
Não sei o que é, mas sei que alguma coisa de lá virá.
Aguardo um vulto, um sinal ou um Deus que caminhará sobre as águas e virá ao meu encontro.
No momento padeço de real surrealidade.
Posso tanto criar asas e voar pela manhã indiferente ou me afundar no duro concreto da minha sala.
Mas com os olhos sempre na linha do horizonte.
É de lá que virá a ordem para o meu próximo passo, o mapa do meu norte ou a orientação para a minha total falta de rumo.
Os olhos estão fixos, não arredo pé da minha visão infinitamente esperançosa, não abro mão da minha paciente espera, do meu êxtase delirante.
A não ser que alguém feche as cortinas e me acorde para a minha insuportável realidade.
E coloque em minhas mãos a arma para a solução final.

Publicado por Antonio Medeiro às 09:34

23
Dez 10

Algo me controla, não sei bem o que é.
É como se existissem 2 anjos conduzindo a minha vida.
O anjo mau, o meu braço direito.
O anjo bom, o meu braço esquerdo.
Passo pelos dias sem cometer nenhum tipo de ato.
Nem mau, nem ruim.
O peso dos anjos equilibra a minha dualidade...
E não passo de um homem insosso, abstrato...
Uma alma amorfa...
Penumbra ao cair da tarde.

Publicado por Antonio Medeiro às 08:32
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