A loucura me sublima

13
Out 11

Escolado, esfolado vivo muitas vezes, represento a casta dos desrespeitados.
Não há mais limites para o desrespeito contínuo do homem contra o homem.
Na cidade, trituradora de almas, caminho sob olhares de reprovação simplesmente porque gritei NÃO!
E gritei o não universal, aquele que está engasgado na garganta de todos os desrespeitados do mundo.
Os próprios desrespeitados repudiaram o meu grito, porque não têm noção da falta de respeito para com eles e porque também desrespeitam o outro homem.
A engrenagem é perfeita.
Não deixa margem de dúvida para ninguém pensar que faz parte dela.
Eu faço e não faço parte dela.
Meu corpo está lá, o meu eu está aqui.
E sempre grito NÃO!
NÃO! NÃO! e NÃO!
E peço a todos que me cercam uma atitude clara e simples:
Não me odeiem nem me amem.
Apenas me respeitem.
Agradeço respeitosamente.

Publicado por Antonio Medeiro às 19:30

06
Nov 09

A cada palavra que escrevo perco um pedaço... e sangro.
Palavras afiadas são escritas com carne... e sangue.
O resto, os versos que só rimam, são arroubos de poetas menores.
As boas palavras são delinquentes, trucidam os seus autores.
E tomam violentamente de assalto as almas que as absorvem.
E plantam espinhos de dúvidas no âmago das suas inquestionáveis certezas.
E dão corda à incansável engrenagem da vida.
A que nos faz seres perigosamente capazes de mudar... e surpreender.

Publicado por Antonio Medeiro às 06:45
Música: Variada

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