Escolado, esfolado vivo muitas vezes, represento a casta dos desrespeitados.
Não há mais limites para o desrespeito contínuo do homem contra o homem.
Na cidade, trituradora de almas, caminho sob olhares de reprovação simplesmente porque gritei NÃO!
E gritei o não universal, aquele que está engasgado na garganta de todos os desrespeitados do mundo.
Os próprios desrespeitados repudiaram o meu grito, porque não têm noção da falta de respeito para com eles e porque também desrespeitam o outro homem.
A engrenagem é perfeita.
Não deixa margem de dúvida para ninguém pensar que faz parte dela.
Eu faço e não faço parte dela.
Meu corpo está lá, o meu eu está aqui.
E sempre grito NÃO!
NÃO! NÃO! e NÃO!
E peço a todos que me cercam uma atitude clara e simples:
Não me odeiem nem me amem.
Apenas me respeitem.
Agradeço respeitosamente.