Quando, no meio de toda a euforia do mundo, puxei a tristeza para dançar ninguém me entendeu.
E rodei, girei, voei, me entreguei de corpo e alma aos braços da requisitada dama.
E todos ficaram perplexos, ninguém entendeu a minha eufórica e alegórica dança com a tristeza.
E eu dançava... dançava...
À minha volta riam, e riam, e riam.
E eu percebi de dentro do olho do furacão os pedaços dos risos girando, girando, girando...
E percebi que os risos eram gritos em forma de lágrimas.
Eram lamentos transformados em dores.
Eram as mentiras de todas as almas em plena euforia existencial.
Eram as metáforas da alegria dos tolos preenchendo o vazio dos desiludidos.
E eu rodava, girava, voava, ria...
E saí de mãos dadas com a tristeza do meio da euforia do mundo.
E fui viver a minha vida com o grande amor de todos os homens.
Em paz!