Antes de tudo ruir, eu caminhava trôpego pela estrada de espinhos.
Os pés sangrando, a vista turva, perspectiva nenhuma.
À frente apenas a imensidão dos quase perdidos.
As encruzilhadas sem indicação de norte.
A poeira fina que me cobria o rosto.
Era eu o sonâmbulo da noite desesperada.
O vulto arredio das sombras da madrugada.
O futuro fantasma das minhas ruínas.
Era eu apenas um esboço... um risco de vida.
Um acidente existencial adormecido.
Apenas um homem, uma queda... um grito.