A linha imaginária do horizonte separa o mar do fim do mundo.
Meu olhar avança o horizonte, cai do outro lado da linha.
A noite lá está à espera do dia.
O dia avança rumo ao horizonte como um pássaro entardecido.
E, devagar, silencioso, mágico, enternecido, se esvai.
Desliza pelas minhas retinas, se esvai no arrebol da tarde... cai nos braços da noite.
Não sou mais que um homem assistindo a um dos espetáculos da vida.
Só um homem...
E o mar, o grande e generoso mar, num gesto de humildade, lambe meus pés.
E eu sinto na pele e na alma que só por isso já valeu a pena ter nascido.
TõeRoberto