A loucura me sublima

30
Nov 12

Novamente vou partir à procura da felicidade.
Novos rumos, pessoas, paisagens intocadas pelos meus olhos.
O novo sol, o mar, o horizonte, as gaivotas...
O novo pequeno universo.
Deve ser isso, eu acho.
Ou talvez a sensação de liberdade, de poder escolher, escolher, escolher...
Escolher interminavelmente.
Até o último dia da vida.
Que será no traçado da estrada, no 1/2 da encruzilhada...
Com uma moeda na mão.

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 17:57

05
Jan 12

Não sei como aqui cheguei.
À minha frente, a praia se abre como estrada sem rumo.
Engulo os últimos goles do sol da tarde e desenho com o dedo o voo das gaivotas sobrevoando o infinito.
Chuto as ondas esbranquiçadas do mar bravio.
Penso nos últimos dias, nas últimas consequências dos meus atos, nas últimas horas de liberdade.
Logo, estarão aqui; me levarão para o lugar mais escuro do mundo.
Amarrarão-me a mim mesmo e me enviarão para dentro da minha cabeça.
A sentença pelo crime mais hediondo do ser humano:
Desperdiçar a própria vida.
Desencantado, olho a grande e boba vida dançando ao meu lado.
Dou de ombros.
Talvez eu não queira ser o meu próprio prisioneiro e me atire no 1/2 das suas chicotadas inúteis.
No 1/2 da noite, do útero das águas,  salta a lua.
Apenas observo...
E fico pensando qual dos caminhos seguir.

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 18:02

20
Out 11

Um dia me perguntaram:
Por que você sempre volta para a prisão todas as manhãs da sua vida?
Ao longe, olhei o entardecer e emudeci.
A cabeça viajou por todas as galáxias do universo à procura de uma resposta.
Não achei.
Nunca tinha percebido essa minha estranha condição de existir.
Existir aparentemente livre todas as manhãs da minha vida.
Nunca percebi os grilhões invisíveis nos pés.
Nem a mordaça em minha boca.
Os ferros no meu coração.
A angústia em minha alma.
Sempre vivi dentro da normalidade mais cordial com todas as manhãs.
Agora, algo me intriga.
Devo investigar o que aconteceu com a minha vida.
Devo imaginar que a descoberta não vai ser bonita de se ver.
E a verdade deve doer como a perda de um membro.
E tem uma coisa que me preocupa:
Quando a verdade aflorar o que vou fazer todas as manhãs da minha vida?
Ser livre?
Acho que não vou me acostumar.
Liberdade não e uma doença?

Publicado por Antonio Medeiro às 18:30

25
Nov 10

Ando pensando em largar de tudo.
Trabalho, família, arte, do mundo real... de mim mesmo.
Afiar as asas, viajar para as estrelas.
Deitar pelos campos de luzes, sonhar nova vida.
Purificar a minha essência, libertar a minha liberdade.
Acreditar no pássaro verde, no pote de ouro no fim do arco-íris.
Transformar-me em névoa...
E como fina película de frágil e limpíssima vida preencher o mundo de clara e perfeita harmonia.
Como uma profunda melodia no silêncio da noite.
Como um calmo rio de água cristalina.
Como uma nova vida oferecendo vida.
Como outra coisa que de mim se desprendeu e me elevou à condição de essência da vida.
Que é o que interessa aos loucos.
Só aos loucos! 

Publicado por Antonio Medeiro às 07:11

25
Mar 10

O que desejo da vida?
Amor, paixão, dinheiro, saúde... liberdade?
Tudo isso é muito pouco.
Eu quero mais.
O que eu sonho ainda não foi sonhado.
Não está etiquetado.
Comensurado.
Identificado.
Qualificado.
Ainda está em minha cabeça sendo desejado.

Publicado por Antonio Medeiro às 09:16

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