A loucura me sublima

29
Dez 14

Na madrugada, alguma coisa invade meu coração.
Enfio a cabeça no travesseiro, o coração acelera.
Em pânico, desvio a ansiedade para peitos distantes.
Não adianta.
O suor escorre em cachoeiras.
O dia anda longe.
Fecho os ouvidos, os olhos; congelo todas as sensações.
Sou apenas um homenzinho assustado lutando contra os seus fantasmas.

Antonio Medeiro

Publicado por Antonio Medeiro às 06:13

10
Nov 11

Coisas demais para pensar:
Nada, doença, amor, dívidas, angústias, ansiedades... pânico.
E anoto no meu caderno mental as minhas prioridades diárias.
Hoje é dia de pânico.
Devo passar a tarde com a impressão que algo de ruim vai acontecer.
Não comigo, mas algo ruim em si vai acontecer em algum lugar do mundo.
Em alguma cidadezinha, em alguma casa ou rua alguém vai pagar o preço do meu estado de pânico.
O peito se aperta, engulo seco, procuro uma bebida para apaziguar o monstro da culpa.
Mas não adianta.
O pânico, sobriamente, vai tomando minha cabeça sem sobriedade nenhuma... e gelo.
No 1/2 da tarde um homem em pânico sai de casa e caminha pela praia.
A impressão que o mar vai me carregar para o outro lado do horizonte é nítida e real.
A cabeça gira; sozinho e apavorado não sou páreo para a grandeza do mar.
Ele lambe minhas pernas e me sinto envolvido pelos seus braços molhados.
Uma sensação de grito e entranhamento.
Já não sou mais um homem, sou apenas um pânico que amanhã amanhecerá ansiedade...
Ou talvez angústia...
Ou nada.

 

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 19:32

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