A loucura me sublima

29
Jun 13

Em vão, tento ler os lábios do silêncio da noite.
As palavras soam truncadas.
Brilham inteligíveis no cais do meu coração.
São barcos, âncoras, sal...
O mar que quebra nas pedras.
A essência do que sou.

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 19:38

16
Mar 13

Senti:

Minhas palavras, na solidão da noite da grande cidade, pareciam uma manada de elefantes atravessando o silêncio interminável do grande cemitério urbano.

E só...

 

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 11:55

30
Out 12

Eu quis ir até a rua.

Queria gritar palavras de desordem.

Não fui, não gritei.

Fiquei torto, em pé na sala.

Me idiotizei.

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 18:29

09
Set 10

Eu juro!
Naquele momento eu tentei dizer o que pensava.
Mas a mordaça me sufocou.
E eu engoli cruas todas as palavras não ditas.
Engasguei.
E tossi uma pequena tentativa de reação.
Ficou nisso.
Todos deram com os ombros, baixaram a cabeça, viraram as costas e saíram.
E eu fiquei ali...
Sozinho como um cachorro sem dono.
Acreditando que o mundo é feito de cordiais cordeiros.
De lobos desdentados.
E demônios sorrateiros.

Publicado por Antonio Medeiro às 08:09

06
Nov 09

A cada palavra que escrevo perco um pedaço... e sangro.
Palavras afiadas são escritas com carne... e sangue.
O resto, os versos que só rimam, são arroubos de poetas menores.
As boas palavras são delinquentes, trucidam os seus autores.
E tomam violentamente de assalto as almas que as absorvem.
E plantam espinhos de dúvidas no âmago das suas inquestionáveis certezas.
E dão corda à incansável engrenagem da vida.
A que nos faz seres perigosamente capazes de mudar... e surpreender.

Publicado por Antonio Medeiro às 06:45
Música: Variada

14
Out 09

E hoje, no início dos tempos, esqueço os versos e os transformo em pedras.
E convivo com a dureza das palavras.
Ora me machucam no silêncio da noite.
Ora se tornam armas com as quais eu sangro as sutilezas da alma.
E as empunho com força.
E sangro e faço sangrar.
É a lei da pedra, nada posso fazer.
A não ser pisar nas pontas das suas cruas fronteiras.
E me autoflagelar nas asas da sua dureza
Do que é feito as humanas palavras.  

Publicado por Antonio Medeiro às 12:57
Música: Variada

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