A loucura me sublima

23
Fev 12

Não posso dizer que errei... nem que acertei.
Fiz o que devia ser feito.
Você me entende?
Sou ser humano, preciso tomar decisões... e tomei
Não me entenderam?, o problema não é meu.
A vida é minha, vou pagar o preço.
O carrasco acende meu último cigarro... confere a forca.
Meu crime?
Tomei uma decisão.

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 18:01

08
Jul 10

Antes de mais nada, quero dizer:
Não sou o cara certo para o meu papel no mundo.
Penso que deve ter existido centenas de candidatos e...
Aqui estou!
Completamente desprovido de qualidades para o cargo que ocupo.
Eu não sei ser feliz.
Não sou coerente.
Sou um grande idiota.
Não existe um minuto na minha vida que eu concorde com nada.
Não consigo ser um cara equilibrado.
Não amo nem odeio ninguém.
Acho o ser humano um saco.
E, na porrada, tenho que ser tudo isso que não sou.
Por que mereci esse castigo?
Quisera eu não ter nascido como coisa palpável.
Quisera eu viver no limbo entre o ser e o não ser.
E dançar um samba com a mulher invisível.
Ao som da orquestra dos anjos rebeldes.
Na ante-sala do bordel do diabo.
Amém!

Publicado por Antonio Medeiro às 09:58

06
Dez 09

Há 3 dias não como, não durmo e não bebo.
Cansado de tanta opulência, quero sentir a dor dos desesperados.
Quero sentir a dor dos que vivem do outro lado, os renegados pela vida.
Os sem eira nem beira.
Os desvalidos de amor, os necessitados crônicos, os sem motivo nenhum para viver.
Quero entender a dor em toda a sua extensão.
A dor física, da solidão, do abandono...
Quero sentir a dor, o único bem dos sem-nada.
Quero sofrer, expor as minhas vísceras.
Quero pendurá-las nos postes, nas paredes dos viadutos, nas portas dos que tudo têm.
Quero viver e mostrar a verdadeira face do horror, da agonia, da angústia na sua forma mais pura.
Quero desnudar o ser humano, colocá-lo diante de todos os olhos na sua forma mais primitiva, mais aterrorizante.
Quero documentar as consequências de todos as atos desumanos praticados pela humanidade.
Assim, talvez eu durma em paz no meio dos meus lençóis de seda.
Talvez eu possa me olhar no espelho amanhã de manhã.
E talvez eu possa almoçar sem nenhum remorso.

Publicado por Antonio Medeiro às 09:43

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