A loucura me sublima

11
Dez 14

Houve um tempo em que caminhei entre os dois olhos de uma mulher.
Outro tempo, rastejei ferido entre serpentes venenosas.
Outro, me debatia pela vida nas corredeiras furiosas do rio.
Hoje...
Hoje estou morto.
Mortalmente morto, confortavelmente morto na anônima solidão do sofá da sala de visitas.

TõeRoberto

 

Publicado por Antonio Medeiro às 21:14

16
Mar 13

Senti:

Minhas palavras, na solidão da noite da grande cidade, pareciam uma manada de elefantes atravessando o silêncio interminável do grande cemitério urbano.

E só...

 

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 11:55

08
Jun 12

Ácido é o tempo...
Beija a pele, a alma, o coração.
Tempo sem dó, perdão.
Tempo invisível, inadiável.
Tempo incansável.
O rosto no espelho... os sinais.
Braços frágeis, pernas arcadas.
O corpo, as rugas cravadas.
O dia a dia, a aflição.
Olhos turvos, o frio nas mãos.
O fim... a solidão.

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 23:56

20
Abr 12

Olho para trás, vejo os passos na areia.
Minha imagem me acompanha passo a passo.
O espaço que piso jamais fica vazio.
Milhares de imagens me acompanham.
Sou apenas o homem diluído no espaço.
Meus milhões de vultos são eternos.
Vão estar no universo até o fim dos tempos.
Um abraçado ao outro em contínua solidão.
A mesma que carrego sozinho à beira-mar...
Arrancando amarguras do meu coração.

TõeRoberto

Publicado por Antonio Medeiro às 23:56

29
Set 11

E de repente, no silêncio da noite, encontrei-me no meio do nada da minha vida sem rumo.
Parecia um cão esfomeado perdido no deserto sem fim das ilusões humanas.
Encolhi-me feito um feto no canto mais longínquo da cama.
E senti a dor doer, correr, pelos nervos, pelas veias, pela alma, pelo coração.
E percebi a extrema condição de desespero em que eu me encontrava.
E encolhi mais...
Tentei reagir com uma lágrima, nada...
Tudo em silêncio, tudo deserto, tanto desespero...
Tanto sofrimento... 
Tanto gelo, tanto desejo reprimido, tantos nãos, tanta solidão, tantas coisas que não interessam mais...
Tanto eu!
E a noite...

Publicado por Antonio Medeiro às 19:30

02
Dez 10

E de repente, do nada, estava no lamaçal.
A lama atingiu o pescoço.
E se misturou com a barba.
Tentei murmurar algo, mas engoli a gosma negra.
E grunhi como um porco chafurdando no chiqueiro podre.
Enfiei as unhas nas pedras da parede.
Tentei alcançar a luz acima da cabeça.
As unhas sangraram... deixaram um risco vermelho na dureza da prisão.
Senti faltar o chão.
E me afundei na macia dureza do meu colchão.
E a baba negra escorreu pelo canto da boca.
E a noite me envolveu com sua úmida solidão.

Publicado por Antonio Medeiro às 08:56

18
Nov 10

Triste momento o que vivo.
Sozinho com meus fantasmas, atravesso a ponte do abismo dos desiludidos.
Me equilibro no tênue fio que liga o sonho ao pesadelo.
Aperto na mão a agonia bruta.
E avanço...
Cairei no rio das almas perdidas?
Dormirei nos braços da solidão sem fim?
Amanhecerei no colo da desesperança?
O que me reserva o momento?
Dor?
Indiferença?
Incerteza?
Ou a certeza de que do outro lado da ponte não estarei sozinho?

Publicado por Antonio Medeiro às 09:40

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